segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Angiosperma

As ANGIOSPERMAE ou angiospermas (do grego:  γγος = angios= URNA, VASO +σπέρμα = sperma: SEMENTE,  em referências a suas sementes estarem dentro de uma estrutura fechada (o ovário da flor).  São plantas ESPERMATÓFITAS (FANERÓGAMAS) cujas sementes são protegidas por uma estrutura denominada fruto que é o OVÁRIO fecundado e desenvolvido.
Também são conhecidas por MAGNOLIOFITAS ou ANTHOFITAS, e são o maior, mais bem sucedido o grupo mais derivado de plantas a surgir em nosso planeta. 
As angiospermas distinguem-se das gimnospermas por algumas sinapomorfias(características derivadas) como:

1) FLORES (conjunto de folhas modificadas com função reprodutivas, protetivas e como atração de polinizadores)
2) ENDOSPERMA SECUNDÁRIO (originado da fecundação dos núcleos polares, por um dos anterozóides = núcleos espermáticos formando um tecido triplóide)
3) FRUTO originado do desenvolvimento da parede do ovário depois de fecundado. 

SINAPOMORFIAS DAS ANGIOSPERMAS
FLOR
ENDOSPERMA SECUNDÁRIO
FRUTO

ESQUEMA DE UMA FLOR MOSTRANDO SUAS PARTES 
CONJUNTO DE PÉTALAS FORMA A COROLA
FUNÇÃO:
1) PROTEÇÃO DAS ESTRUTURAS REPRODUTIVAS INTERNAS DA FLOR
2) ATRAÇÃO PARA OS POLINIZADORES

CONJUNTO DE SÉPALAS FORMA O CÁLICE DA FLOR
FUNÇÃO:
PROTEÇÃO DA FLOR AINDA JOVEM (BOTÃO) 

ANTERA, CONETIVO E FILETE FORMA O ESTAME. AO CONJUNTO DOS ESTAMES CHAMAMOS ANDROCEU (ÓRGÃO REPRODUTIVO MASCULINO DA FLOR) 

ESTIMA, ESTILETE E OVÁRIO FORMA O CARPELO DA FLOR. AO CONJUNTO DE CARPELOS CHAMAMOS DE GINECEU (ÓRGÃO REPRODUTIVO FEMENINO DA FLOR).
                 

AS DUAS GRANDES CLASSES DAS ANGIOSPERMAS 
DICOTILEDÔNEAS E MONOCOTILEDÔNEAS
 DESTINO DO GRÃO DE PÓLEN E DA OOSFERA NAS ANGIOSPERMAS

(fonte da figura CAMPBEL, N. Biologia, PoA, ARTMED, 2010) 
 

Ciclo de vida de um giminosperma


CICLO DE VIDA DE UMA GIMNOSPERMA

FOTINHO DO QUADRO (MONTAGEM TOSCA) 
COM O CICLO DE VIDA DE UM PINHEIRO - Pinus elliottii (Engelm.) 
(como vimos em aula)  




 GIMNOSPERMAE
 γυμνόσπερμος = Gymnospermos
(γυμνόσ +σπέρματα, σπερμος = gimnospermas) 

As GIMNOSPERMAS são um grupo de plantas que apresentam como característica diagnóstica (ou apomórfica) a presença de sementes nuas, i.e., sem a proteção do fruto. Incluem as CONÍFEROFITA, as CYCADOFITA, as GNETOFITA, e as GINKGOFITA.

O termo GYMNOSPERMAE vem da palavra grega γυμνόσπερμοςγυμνόσ = GYMNÓS = nu, nua; mais a palavra: σπέρματα, σπερμος = spermata = semente
Desta forma, as duas palavras unidas significam SEMENTES NUAS
As sementes das gimnospermas desenvolvem-se na superfície de uma folha modificada (esporófilo) que está ligada a um cone ou estróbilo (coníferas).
Essa condição as diferencia das angiospermas que tem o óvulo totalmente fechado dentro do ovário da flor.

As divisões: GIMNOSPERMAE e ANGIOSPERMAE constituem as ESPERMATÓFITAS (plantas com sementes).  

GRANDE NOVIDADE EVOLUTIVA:
SEMENTE  

(Figura modificada de diversos autores)


CICLO DE VIDA DE PINHEIROS 
ESTRÓBILO FEMININO (MEGASTRÓBILO) DE Pinus eliottii

ESTRÓBILO DO LATIN CIENTÍFICO ESTROBILUS DO GREGO STRÓBILOS = O QUE SE VOLTA, O QUE SE TORCE; TURBILHÃO, "PINHA".

 ESTRÓBILO MASCULINO, ESTRÓBILO FEMININO E A SEMENTE NUA (PINHÃO) DE
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
ESTRÓBILO MASCULINO (MICROSTÓBILO)
DE Araucaria angustifolia  (Bertol.) Kuntze

ciclo de vida de uma conífera generalizada (como visto em aula)

Alguns autores chamam de flores modificadas as pinhas, pois como as Angiospermas os microsporófilos e megasporófilos são folhas modificadas para produção de "esporos" que irão germinar e formar os gametófitos que por sua vez produzirão em seus tecidos reprodutivos (esporângios) os gametas masculios e femininos.  Todavia não ha unanimidade nessa prática (de nomear os estróbilos ou "pinhas" como flores modificadas.

Pteridofitas


CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PTERIDÓFITAS


1) PRIMEIROS VEGETAIS A APRESENTAREM TECIDOS E ORGÃOS 
(Tecidos como meristema, esclerênquima e parênquima, xilema e floema e órgãos como raiz, caule e folhas)

2) É a primeira divisão a apresentar  a fase GAMETOFÍTICA efêmera (i.e., passageira) e a fase ESPOROFÍTICA duradoura.

3) Primeiros vegetais a apresentarem TECIDO VASCULAR: XILEMA E FLOEMA 
XILEMA: conduz seiva bruta (água e sais) do solo atravéz das raízes para a parte aérea da planta.
FLOEMA: transporta seiva elaboradas das folhas para o resto da planta (a seiva elaborada é constituida de água, açúcares e outros compostos nutritivos (também chamados de fotossintatos)).

4) Como as briófitas e todos os outros metáfitas, as pteridófitas também apresentamMETAGÊNESE (ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES) em sua reprodução (fase gametofítica e fase esporofítica). Entretanto a fase esporofítica é a fase duradoura.

5) Apresenta PRÓTALO = GAMETÓFITO HERMAFRODITA (ou MONÓICO), avascular (sem tecidos condutores) e que apresenta forma de um coração (prótalo cordiforme). O prótalo das pteridófitas é muito simples não sendo formado de tecidos, logo seu corpo é um TALO
(Talo é uma estrutura vegetativa não diferenciada em raiz, caule ou folha, e sem formação de qualquer tecido).

PROTALO  DAS PTERIDÓFITAS
É o gametófito das pteridófitas 
É um talo (não apresenta tecidos)
Avascular (não apresenta vasos condutores de seiva)
Hermafrodita (ou Monóico), pois apresenta tanto gametângio feminino como masculino)
Efêmero (nas pteridófitas, o gametófito é a fase transitória, enquanto nas briófitas o gametófito é duradouro)
Clorofilado, portanto capaz de realizar fotossíntese
Cordiforme (na forma de coração)

PROTALO DE UMA PTERIDÓFITA

6) Geralmente vivem em ambientes úmidos e sombreados, podendo ser epífitas, aquáticas ou terrestres. 

7) FASE DURADOURA: ESPORÓFITO
FASE EFÊMERA OU PASSAGEIRA: PRÓTALO

8) Apresentam folhas grandes (frondes), divididas em folíolos, as folhas jovens ficam enroladas e são chamados báculos (por isso seu nome de fetos)
(báculo, do latim, baculu: cajado de pastor, é um tipo de cajado usado pelos pastorespara se apoiarem ao andar e para conduzirem o rebanho. Muitas vezes tem a extremidade curva para segurar o animal pela perna ou pela cabeça, é usado por prelados da igreja católica com dignidade de Bispos, Arcebispos, Cardeais e Patriarcas).

9) Apresenta caule do tipo rizoma (caule horizontal subterrâneo que lembra uma raiz) ou caule aéreo.

10) O esporos são produzidos por esporângios que estão agrupados na face inferior dos folíolos em estruturas chamadas SOROS

REPRODUÇÃO NAS PTERIDÓFITAS

Problemas com a adptação terrestre


PROBLEMAS A SEREM ENFRENTADOS 

E ADAPTAÇÕES DOS VEGEGAIS À VIDA TERRESTRE


1) Obtenção de água e prevenção da desidratação
2) Transporte de água e nutrientes do solo para as folhas, tecidos aéreos.
3) Trocas gasosas (por muito tempo exigiu superfícies úmidas)
4) Variação términa diária e sazonal
5) Gravidade 
6) Reprodução: os gametas necessitam de ambiente aquoso para se deslocarem uma vez que são flagelados.
Assim, por milhões de anos as algas permaneceram na água (salgada ou doce) sem ter necessidade de explorarem novos ambientes. Entretanto, por volta de 570 a 440 milhões de anos atrás, as algas empreenderam um caminho em direção à terra firme. Para isso muitas adaptações surgiram e as mais bem adaptadas e melhores sobreviveram e deixaram descendentes. 
Dentre as adaptações que podemos observar nas plantas para enfrentar o meio terrestre estão:

1. Cutícula
cobertura de cera dos talos, folhas e caules que impede ou minimiza a perda de água.

2. Estômatos 
aberturas na superfície corporal por onde se realizam as trocas gasosas, cuja abertura e fechamento podem ser reguladas, evitando assim, a excessiva perda de água pelo vegetal.

3. Tecidos verdadeiros

Tecidos como: 
Meristema apical - responsavel pela produção dos outros tecidos e pelo crescimento 
Esclerênquima - tecido de sustentação 
Parênquima - tecido de preenchimento e armazenamentom, além dos
vasos condutores de seiva (Xilena e Floema)
Xilema - transporte de seiva bruta (água e sais) das raízes onde são absorvidos para as folhas, onde ocorre a fotossíntese; 
Floema - transporte da seiva elaborada (fotossintatos) das folhas para todo o corpo da planta, além de  
Órgãos como: raízes verdadeiras e caules reforçados (com Lignina) e folhas. 

As raízes mantém o vegetal fixo ao solo e absorvem água e sais minerais; os vasos condutores transportam água e nutrientes  minerais para toda planta e os nutrientes orgânicos sintetizados nas partes verdes (fotossintatos) são transportados para todo o corpo da planta. 

Tecidos de sustentação (esclerênquima) resistente para enfrentar a gravidade do planeta e manter o crescimento vertical. As folhas são expansões de tecido parenquimático especializado em realizar fotossíntese, sintetizando todas as substâncias orgânicas de que a planta necessita para sobreviver e se reproduzir.

4. Gametas, Esporos e Sementes 
Como as plantas são fixas ao solo necessitam de uma estratégia de dispersão de seus gametas e zigotos. Essas estruturas (esporos e sementes) são especializadas na dispersão e colonização de novos ambientes. Há também a necessidade de proteção dos gametas (que devem ser mantidos úmidos dentro dos tecidos vegetais).

caracteristicas que briofitas compartilham




 BRIÓFITAS

As briófitas compartilham com todas as plantas verdes as seguintes características:


1) Presença de gametângios masculinos (ANTERÍDIOS) e gametângios femininos(ARQUEGÔNIOS) com uma camada protetora de células estéreis conhecida comoENVOLTÓRIO

2) RETENÇÃO DO ZIGOTO E DO EMBRIÃO MULTICELULAR EM DESENVOLVIMENTO OU DO ESPORÓFITO JOVEM DENTRO DO ARQUEGÔNIO OU GAMETÓFITO FEMININO, O QUE É CHAMADO DE MATROTROFIA.

3) Presença de um esporófito diplóide multicelular que resulta em um aumento do número de meioses e do número de esporos que podem ser produzidos após cada evento de fecundação. Isto é, quanto maior o esporófito maior será o número de esporos que ele produzirá.

4) Os esporângios multicelulares que são constituídos por um envoltório de células estéreis e um tecido interno produtor de esporos (chamado tecido ESPORÓGENO) 

5) MEIÓSPOROS (ESPOROS e GRÃOS DE PÓLEN) com a parede contendoesporopolenina, que resiste à decomposição e a dessecação. (A esporopolenina é também encontrada em paredes celulares das algas verdes, o que aproxima as plantas das talófitas). 

ESPOROPOLENINA É UMA MISTURA DE BIOPOLÍMEROS CONTENDO LONGAS CADEIAS DE ÁCIDOS GRAXOS, ÁCIDO CUMÁRICO, ÁCIDOS MONO E DICARBÔNICOS, FENILPROPANOIDES, FENÓIS E TRAÇOS DE CAROTENÓIDES. ESSES COMPOSTOS TORNAM A PAREDE DO ESPORO RESISTENTE A DEGRADAÇÃO QUÍMICA OU ENZIMÁTICA.


6) "Tecidos" produzidos por um MERISTEMA APICAL


 A MAIORIA DESSAS CARACTERÍSTICAS ESTÃO AUSENTES NAS ALGAS VERDES (CHLOROPHYTAS E CHARÓFITAS; EXCETO O BIOPOLÍMERO ESPOROPOLENINA). O QUE TORNA AS BRIÓFITAS OS ANCESTRAIS MAIS ANTIGOS DE TODAS AS PLANTAS VERDES TERRESTRES, SENDO ELAS MESMAS (AS BRIÓFITAS) DESCENDENTES DAS ALGAS. 

ALÉM DISSO, SÃO PLANTAS PIONEIRAS PODENDO VIVER SOBRE ROCHAS E ESCARPAS ROCHOSAS ACIMA DO LIMITE DA LINHA DAS ÁRVORES EM MONTANHAS MUITO ALTAS, PODEM SUPORTAR LONGOS PERÍODOS DE FRIO INTENSO COMO NO CONTINENTE ANTÁRTICO, ONDE É A UNICA ESPÉCIE DE PLANTA A SOBREVIVER. 

ELAS TAMBEM SÃO IMPORTANTES POR SEREM ARMAZENADORAS DE CARBONO, DESEMPENHANDO ASSIM UM PAPEL I MPORTANTE NO CICLO GLOBAL DO CARBONO. 


TODAVIA AS BRIÓFITAS SÃO MUITO SENSÍVEIS À POLUIÇÃO DO AR, SERVINDO COM BIONDICADORAS DO ESTADO DO AMBIENTE; POIS DESAPARECEM EM ÁREAS MUITO POLUÍDAS (OU APENAS ALGUMAS POUCAS ESPÉCIES DE BRIÓFITAS SOBREVIVEM).

Caracteristicas das plantas


Características das plantas


1) Contém clorofila A e B,
2) Armazenam os produtos da fotossíntese na forma de amido dentro do cloroplasto (onde é produzido),
3) Apresentam embrião pluricelular, (maciço, sem cavidades),
4) APRESENTAM MATROTROFIA - embrião retido e nutrido pelo gametângio feminino (esporófito feminino)
5) Apresentam beta-caroteno e
6) Apresentam parede celular com reforço de celulose. 

Briófitas



BRIÓFITAS:

TRANSIÇÃO ENTRE AS ALGAS 

E AS PLANTAS TERRESTRES VASCULARES

As briófitas e as plantas vasculares compartilham um número de características que as distinguem das algas carófitas. Essas características incluem:

1) PRESENÇA DE GAMETÂNGIOS MASCULINOS E GAMETÂNGIOS FEMININOS, CHAMADOS DE ANTERÍDIOS E ARQUEGÔNIOS, RESPECTIVAMENTE, COM UMA CAMADA DE CÉLULAS ESTÉREIS PROTETORAS CONHECIDA COMO ENVOLTÓRIO;

2) A RETENÇÃO DO ZIGOTO E DO EMBRIÃO MULTICELULAR EM DESENVOLVIMENTO OU DO ESPORÓFITO JOVEM DENTRO DO ARQUEGÔNIO  OU GAMETÓFITO FEMININO: MATROTROFIA;

3) PRESENÇA DE UM ESPORÓFITO DIPLÓIDE MULTICELULAR, QUE RESULTA EM UM AUMENTO DO NÚMERO DE MEIOSES E DO NÚMERO DE ESPOROS QUE PODEM SER PRODUZIDOS APÓS CADA EVENDO DE FECUNDAÇÃO;

4) OS ESPORÂNGIOS MULTICELULARES QUE SÃO CONSTITUIDOS POR UM ENVOLTÓRIO DE CÉLULAS ESTÉREIS E UM TECIDO INTERNO PRODUTOR DE ESPOROS (TECIDO ESPORÓGENO);

5) MEIÓSPOROS COM PAREDE CONTENDO ESPOROPOLENINA, QUE RESISTE A DECOMPOSIÇÃO E À DESSECAÇÃO , E

6) MERISTEMA APICAL QUE PRODUZ OS DEMAIS TECIDOS.

Nas algas carófitas faltam todas essas características compartilhadas pelas briófitas com as plantas vasculares, as quais estão correlacionadas com a forma de vida das plantas no meio ambiente terrestre.
Assim, podemos afirmar que somente as briófitas e as plantas vasculares constituem o reino metáfita.
Fonte:setimocientista.blogspot.com

Algas verdes


 ALGAS VERDES (CHAROPHYTAS):
ANCESTRAIS DE TODAS AS PLANTAS TERRESTRES

 
Como falamos em aula, atualmente dois grupos de algas verdes são considerados relacionados  às plantas terrestres (Embryophyta), este grupo é constituído pelas Chlorophytas e pelas Charophytas.

As algas Chlorophytas e as algas Charophytas

 As algas verdes (cloroficeas e caroficeas) são organismos aquáticos (marinhos e de água doce), sobretudo as carofíceas que são eminentemente de ambiente duceaquícola. Algumas são colônias móveis e outras são colônias não-móveis, algumas são filamentosas (ramificados e não ramificados) e parenquimatosas ou tissulares. A parenquimatosas ou tissulares são as algas mais complexas, desempenhando funções específicas no corpo da alga (talo), e algumas estão ligada ao corpo da alga por plasmodesmos como nas células das metáfitas. 
 Algas verdes unicelulares
 Alga verde parenquimatosa Codium spp abundates na costa Atlântica
(fonte Google images) 

O Reino Metaphyta (Plantae), portanto, originou-se provavelmente desse grupo formado pelo que chamamos coletivamente de GRUPO DAS ALGAS VERDES


ALGAS VERDES 
As ancestrais de todas as plantas terrestres 
Aspecto das algas verdes carófita ou carofíceas (Charophyta)

Ávores filogenética mostrando as características apomórficas de cada grupo e o tempo aproximado do surgimento. As algas que estão inscritas no quadrado constituem o grupo irmão das enbriófitas (metáfitas) e compartilham com estas o maior numero de características.
(fonte das figuras: Raven; Evert e Eichhorn, 2007)

 Quando estudamos aprofundadamente as briófitas (observe as figura acima) percebemos que estas sob muitos aspectos são um grupo de transição entre as algas verdes Carófitas (Charófitas ou Charoficeas).
Essa ideia é suportada por algumas evidências como por exemplo:

1) Ambas (algas, briófitas e plantas verdes vasculares), apresentam cloroplasto comgrana bem desenvolvidos.

[O cloroplasto das algas verdes está rodeado por duas membranas, (camada bimolecular de lipídios) o que sugere uma invasão e posteriormente uma vida sinbiótica, i.e., hipótese da origem por endossimbiose direta de cianobactérias]. 

2) apresentam células móveis assimétricas (tamanhos diferentes entre os gametas) com flagelos que saem lateralmente na célula, em vez de numa das extremidades.

3) Durante o ciclo celular, tanto as carófitas como nas plantas verifica-se a ruptura do envoltório nuclear durante a mitose, além da presença de fragmoplasto ou fuso da telófase durante a divisão do citoplasma (citocinese).

4) Além disso, deve ser lembrado que as carófitas parecem mais estreitamente relacionadas com as plantas do que quaisquer outras. Por exemplo, membros desses grupos, tais como Chara sp. são similares às plantas por apresentarem reprodução sexual orgânica (ou seja, possuem uma oosfera não flagelada que é fecundada por um anterozóide flagelado).

5) No gênero Coleochaete sp os zigotos são retidos dentro do talo parental e, ao menos em uma espécie, as células que envolvem o zigoto desenvovem crescimentos intrusivos da parede. Essas células de cobertura aparentemente apresentam a mesma função das células de transferência, as quais estão relacionadas com o transporte de açúcares até os zigotos.

6) Apresentam clorofila A e B.  


referencia:setimocientista.blogspot.com

Origem das plantas terrestres


ORIGEM DAS PLANTAS TERRESTRES 


Para simplificar nosso estudo,  vamos assumir que todas as plantas terrestres descendem de um grupo de algas verdes, as algas verdes (Charophytas e Clorophytas = carófitas e clorófitas ou clorofíceas (reunidas)), pois compartilham as seguintes caracteristicas:

1) As plantas terrestres compartilham com as algas verdes os tipos de colorofila (A e B) e o beta-caroteno.

2) Algas verdes e plantas terrestres apresentam cloroplasto (uma organela) que apresenta mebranas chamadas Tilacóides que contém clorofila.

3) Carófitas e plantas apresentam conteúdo de celulose na parede celular muito semelhante (20 a 25% de celulose).

4) A divisão celular nas algas verde e plantas é muito similiar ambos usam microtúbulos para produzir a placa celular no momento da divisão da célula em duas células filhas.

5) Genes nucleares e RNA são similires entre as algas verdes e plantas.

6) Algas verdes e plantas terrestres aprensentam reprodução do tipo METAGÊNESE ou  ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES, onde há uma fase haplóide (n) chamada de GAMETÓFITO  e uma fase diplóide (2n) chamada de ESPORÓFITO.



Nota sobre Clorofila 

A  clorofila foi descoberta por Joseph Bienaimé Caventou (químico) que era professor na Escola de Farmácia em Paris, enquanto colaborava com Pierre-Joseph Pelletier (químico) em um laboratório parisience. Através do uso pioneiro de solventes orgânicos fracos, isolou um grande número de ingredientes ativos a partir das plantas.
Entre os produtos isolados estava a clorofila, a estricnina, quinina, colchicina e a cafeína.
Pelletier sugeriu o nome de CHLOROPHYLLA a substância de cor verde (PIGMENTO FOTOSSINTÉTICO) que podia ser extraída das folhas dos vegetais usando o alcool etílico como solvente.
Do grego:   
χλωρός = chlorós = verde  +  φύλλον = phýllon = folha


DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE CLOROFILA (A e B)






Nota sobre o Beta-caroteno

Sabe-se que o beta-caroteno um antioxidante (inibe radicais livres, prevenindo o envelhecimento), beneficia a visão noturna, aumenta a imunidade, dá elasticidade à pele, aumenta o brilho dos cabelos e o fortalecimento das unhas, além de atuar no metabolismo de gorduras. O beta-caroteno também é favorável na obtenção do bronzeamento da pele. Quando transformado em vitamina A em nosso organismo, auxilia na formação de melanina, pigmento responsável por proteger a pele dos raios ultravioleta e conferir o bronzeamento. As principais fontes de betacaroteno são: cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga e a batata doce. Em quantidades menores, pode ser encontrado nos vegetais folhosos como couve, repolho, espinafre, agrião e brócolis.

Introdução a botanica


A Botânica 

BOTÂNICA ou Fitologia (Phytologia do grego: φυτεύωv = planta) é a parte da biologia que estuda a vida das plantas.
A palavra Botânica vem do grego: botané, que significa "planta ou erva (medicinal)".
Muitas vezes a Botânica é também chamada de Biologia Vegetal ou Ciência das Plantas (Plant science). 
A Botânica abrange uma ampla gama de disciplinas científicas preocupadas com o estudo das plantas, algas e fungos, incluindo a classificação, o desenvolvimento, reprodução, a estrutura, o desenvolvimento, a adaptação, evolução além das doenças das plantas. 
Embora os fungos e as algas sejam estudados pela botânica esses organismos não pertencem ao reio Metafita (Plantae).

CARACTERÍTICAS GERAIS DOS VEGETAIS 
REINO METÁFITA

1) As plantas são organismos vivos eucariotos, multicelulares, de cor verde, clorofilados, (apresentam Clorofila A ou B).

2) São seres vivos fotossintetizantes (por possuirem cloroplasto: organela membranosa produtora de clorofila).

3) Apresentam reprodução sexuada e assexuada como fases de seu desenvolvimento ou ciclo de vida, também chamada de metagênese.
As duas fases são:

FASE GAMETOFÍTICA - onde são produzidos os gametas (ANTEROZÓIDE e OOSFERA)
FASE ESPOROFÍTICA - onde os gametas ao se fundirem originam o ESPORÓFITO.
4) São organismos adaptados a vida em terra firme, embora algumas possam viver na água.

5) As plantas são capazes, através da fotossíntese, de usarem a luz do sol, água, sais minerais e o gás carbônico da atmosfera e convertê-lo em oxigênio e glicose (um carboidrato simples), i.e., elas produzem seu próprio alimento, sendo portanto autotróficas.
 
6) São também chamadas de Embriófitas, por possuírem embriões pluricelulares(maciços sem cavidades),  envolvidos por tecido de origem materna. APOMORFIA DO REINO METÁFITA.

7) Apresentam MATROTROFIA, i.e., o embrião dos METAFITA é retido e nutrido pelo organismo materno, o que os diferenciam das algas (TALÓFITAS), e esta característica é uma vantagem adaptativa para a vida em terra (fora da água, lembre-se que as plantas terrestres evoluiram das algas Carófitas (algas verdes)).
Todas os organismos que apresentam as características acima pertencerem ao reino METAPHYTA ou Metafita (Plantae).

REINO METÁFITA 
O reino METÁTIFA pode ser dividido em dois grupos informais :

Grupo das plantas avasculares (sem vasos condutores de seiva: BRIÓFITAS)
Grupo das plantas vasculares (com vasos condutores de seiva: TRAQUEÓFITAS).
As plantas traqueófitas (vasculares) são divididas em:

plantas sem sementes (Criptógamas) e
plantas com sementes (Espermatófitas).
As plantas Espermatófitas podem ser divididas por sua vez em:

Plantas sem flores (Gimnospermas) e
Plantas com flores (Angiospermas). 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

mamiferos


Os mamíferos (do latim científico Mammalia) constituem uma classe de animais vertebrados, que se caracterizam pela presença de glândulas mamárias que, nas fêmeas, produzem leite para alimentação dos filhotes (ou crias), e a presença de pêlos ou cabelos. São animais endotérmicos (com exceção do rato-toupeira-pelado) , (ou seja, de temperatura constante, também conhecidos como "animais de sangue quente"). O cérebro controla a temperatura corporal e o sistema circulatório, incluindo o coração (com quatro câmaras). Os mamíferos incluem 5 416 espécies (incluindo os seres humanos), distribuídas em aproximadamente 1 200 gêneros, 152 famílias e até 46 ordens, de acordo com o compêndio publicado por Wilson e Reeder (2005). Entretanto novas espécies são descobertas a cada ano, aumentando esse número; e até o final de 2007, o número chegava a 5 558 espécies de mamíferos.
Características

O marco inicial para o reconhecimento científico dos mamíferos como grupo foi a publicação por John Ray (1693) da obra "Synopsis methodica animalium quadrupedum et serpentini generis". Onde inclui uma divisão dos animais que possuem sangue, respiram por pulmão, apresentam dois ventrículos no coração e são vivíparos. Tal definição ainda hoje se mantem válida, lembrando-se que à época os monotremados não eram conhecidos. Carolus Linnaeus (1758) com a décima edição do Systema Naturae, cunha o termo Mammalia para o qual a definição é essencialmente aquela apresentada por Ray.



Mãe amamentando seus filhotes
E. R. Hall (1981) caracterizou a classe Mammalia como "sendo especialmente notáveis por possuírem glândulas mamárias que permitem à fêmea nutrir o filhote recém-nascido com leite; presença de pêlos, embora confinados aos estágios iniciais de desenvolvimento na maioria dos cetáceos; ramo horizontal da mandíbula é composto por um único osso; a mandíbula se articula diretamente com o crânio sem intervenção do osso quadrado; dois côndilos occipitais; diferindo das aves e répteis por possuírem diafragma e por terem hemácias anucleadas; lembram as aves e diferem dos répteis por terem sangue quente, circulação diferenciada completa e quatro câmaras cardíacas; diferem dos anfíbios e peixes pela presença do âmnio e alantóide e pela ausência de guelras".

Muitas das características comuns aos mamíferos não aparecem nos outros animais. Algumas delas, porém, podem ser observadas nas aves – uma alta taxa metabólica e níveis de atividade ou complexidade de adaptações, como cuidado pós-natal avançado e vida social, aumento da capacidade sensorial, ou enorme versatilidade ecológica. Tais características semelhantes nas duas classes sugerem que tais adaptações são homoplasias, ou seja, se desenvolveram independentemente em ambos os grupos.

Outras características mamalianas são sinapomorfias dos amniotas, adaptações partilhadas por causa do ancestral comum. Os amniotas, grupo que inclui répteis, aves e mamíferos, são vertebrados terrestres cujo desenvolvimento embrionário acontece sobre proteção de membranas fetais (âmnio, cório e alantóide). Entres as características herdadas se encontram aumento do investimento no cuidado das crias, fertilização interna, derivados queratinizados da pele, rins metanefros com ureter específico, respiração pulmonar avançada, e o papel decisivo dos ossos dérmicos na morfologia do crânio. Ao mesmo tempo, os mamíferos compartilham grande número de características com todos os demais vertebrados, incluindo o plano corpóreo, esqueleto interno, e mecanismos homeostáticos (incluindo caminhos para regulação neural e hormonal).

Os mamíferos exibem também características exclusivas, chamadas de autapomorfias. Essas características únicas servem para distinguir e diagnosticar claramente um táxon. Entre as principais autapomorfias da classe Mammalia estão:

glândulas mamárias;
lactação/amamentação;
viviparidade obrigatória (exceto nos monotremados);
presença de pêlos;
tegumento rico em várias glândulas;
derivações integumantárias específicas (garras, unhas, cascos, cornos, chifres, escamas, espinhos, placas dérmicas);
posição e função dos membros são modificados para suportar modos locomotores específicos;
cintura torácica simplificada;
ossos pélvicos fundidos;
diferenciação regional da coluna vertebral;
crânio bicôndilo;
caixa craniana aumentada;
arcos zigomáticos maciços;
cavidade nasal com labirinto nasoturbinado;
presença de nariz/focinho;
palato ósseo secundário;
coração de quatro câmaras com o arco aórtico esquerdo persistente;
eritrócitos bicôncavos e anucleados;
pulmões com estrutura alveolar;
diafragma muscular;
órgão vocal na laringe;
três ossículos na orelha média (estribo, bigorna e martelo);
cóclea longa e espiralada (exceto nos monotremados);
meato auditivo longo;
aurículas externas (= orelhas) grandes e móveis;
mandíbula composta por um único osso, o dentário;
junção dentária-escamosal;
presença de um ramo mandibular;
dentes grandes variando em número, forma e função;
heterodontes;
presença de dentes molares;
difiodontes;
cérebro aumentado;
maior atividade e alta versatilidade na função locomotora;
diversidade de vida social;
aumento do espectro de reações comportamentais e suas interconecções com o aumento da capacidade de aprendizado social e individual e diferenciação interindividual;
crescimento limitado por fatores hormonais e estruturais;
determinação sexual cromossômica (sistema XY).
"topo" da cadeia evolutiva, possuindo todos os sistemas completos e reprodução sexuada.
fecundação interna