segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Angiosperma

As ANGIOSPERMAE ou angiospermas (do grego:  γγος = angios= URNA, VASO +σπέρμα = sperma: SEMENTE,  em referências a suas sementes estarem dentro de uma estrutura fechada (o ovário da flor).  São plantas ESPERMATÓFITAS (FANERÓGAMAS) cujas sementes são protegidas por uma estrutura denominada fruto que é o OVÁRIO fecundado e desenvolvido.
Também são conhecidas por MAGNOLIOFITAS ou ANTHOFITAS, e são o maior, mais bem sucedido o grupo mais derivado de plantas a surgir em nosso planeta. 
As angiospermas distinguem-se das gimnospermas por algumas sinapomorfias(características derivadas) como:

1) FLORES (conjunto de folhas modificadas com função reprodutivas, protetivas e como atração de polinizadores)
2) ENDOSPERMA SECUNDÁRIO (originado da fecundação dos núcleos polares, por um dos anterozóides = núcleos espermáticos formando um tecido triplóide)
3) FRUTO originado do desenvolvimento da parede do ovário depois de fecundado. 

SINAPOMORFIAS DAS ANGIOSPERMAS
FLOR
ENDOSPERMA SECUNDÁRIO
FRUTO

ESQUEMA DE UMA FLOR MOSTRANDO SUAS PARTES 
CONJUNTO DE PÉTALAS FORMA A COROLA
FUNÇÃO:
1) PROTEÇÃO DAS ESTRUTURAS REPRODUTIVAS INTERNAS DA FLOR
2) ATRAÇÃO PARA OS POLINIZADORES

CONJUNTO DE SÉPALAS FORMA O CÁLICE DA FLOR
FUNÇÃO:
PROTEÇÃO DA FLOR AINDA JOVEM (BOTÃO) 

ANTERA, CONETIVO E FILETE FORMA O ESTAME. AO CONJUNTO DOS ESTAMES CHAMAMOS ANDROCEU (ÓRGÃO REPRODUTIVO MASCULINO DA FLOR) 

ESTIMA, ESTILETE E OVÁRIO FORMA O CARPELO DA FLOR. AO CONJUNTO DE CARPELOS CHAMAMOS DE GINECEU (ÓRGÃO REPRODUTIVO FEMENINO DA FLOR).
                 

AS DUAS GRANDES CLASSES DAS ANGIOSPERMAS 
DICOTILEDÔNEAS E MONOCOTILEDÔNEAS
 DESTINO DO GRÃO DE PÓLEN E DA OOSFERA NAS ANGIOSPERMAS

(fonte da figura CAMPBEL, N. Biologia, PoA, ARTMED, 2010) 
 

Ciclo de vida de um giminosperma


CICLO DE VIDA DE UMA GIMNOSPERMA

FOTINHO DO QUADRO (MONTAGEM TOSCA) 
COM O CICLO DE VIDA DE UM PINHEIRO - Pinus elliottii (Engelm.) 
(como vimos em aula)  




 GIMNOSPERMAE
 γυμνόσπερμος = Gymnospermos
(γυμνόσ +σπέρματα, σπερμος = gimnospermas) 

As GIMNOSPERMAS são um grupo de plantas que apresentam como característica diagnóstica (ou apomórfica) a presença de sementes nuas, i.e., sem a proteção do fruto. Incluem as CONÍFEROFITA, as CYCADOFITA, as GNETOFITA, e as GINKGOFITA.

O termo GYMNOSPERMAE vem da palavra grega γυμνόσπερμοςγυμνόσ = GYMNÓS = nu, nua; mais a palavra: σπέρματα, σπερμος = spermata = semente
Desta forma, as duas palavras unidas significam SEMENTES NUAS
As sementes das gimnospermas desenvolvem-se na superfície de uma folha modificada (esporófilo) que está ligada a um cone ou estróbilo (coníferas).
Essa condição as diferencia das angiospermas que tem o óvulo totalmente fechado dentro do ovário da flor.

As divisões: GIMNOSPERMAE e ANGIOSPERMAE constituem as ESPERMATÓFITAS (plantas com sementes).  

GRANDE NOVIDADE EVOLUTIVA:
SEMENTE  

(Figura modificada de diversos autores)


CICLO DE VIDA DE PINHEIROS 
ESTRÓBILO FEMININO (MEGASTRÓBILO) DE Pinus eliottii

ESTRÓBILO DO LATIN CIENTÍFICO ESTROBILUS DO GREGO STRÓBILOS = O QUE SE VOLTA, O QUE SE TORCE; TURBILHÃO, "PINHA".

 ESTRÓBILO MASCULINO, ESTRÓBILO FEMININO E A SEMENTE NUA (PINHÃO) DE
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
ESTRÓBILO MASCULINO (MICROSTÓBILO)
DE Araucaria angustifolia  (Bertol.) Kuntze

ciclo de vida de uma conífera generalizada (como visto em aula)

Alguns autores chamam de flores modificadas as pinhas, pois como as Angiospermas os microsporófilos e megasporófilos são folhas modificadas para produção de "esporos" que irão germinar e formar os gametófitos que por sua vez produzirão em seus tecidos reprodutivos (esporângios) os gametas masculios e femininos.  Todavia não ha unanimidade nessa prática (de nomear os estróbilos ou "pinhas" como flores modificadas.

Pteridofitas


CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PTERIDÓFITAS


1) PRIMEIROS VEGETAIS A APRESENTAREM TECIDOS E ORGÃOS 
(Tecidos como meristema, esclerênquima e parênquima, xilema e floema e órgãos como raiz, caule e folhas)

2) É a primeira divisão a apresentar  a fase GAMETOFÍTICA efêmera (i.e., passageira) e a fase ESPOROFÍTICA duradoura.

3) Primeiros vegetais a apresentarem TECIDO VASCULAR: XILEMA E FLOEMA 
XILEMA: conduz seiva bruta (água e sais) do solo atravéz das raízes para a parte aérea da planta.
FLOEMA: transporta seiva elaboradas das folhas para o resto da planta (a seiva elaborada é constituida de água, açúcares e outros compostos nutritivos (também chamados de fotossintatos)).

4) Como as briófitas e todos os outros metáfitas, as pteridófitas também apresentamMETAGÊNESE (ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES) em sua reprodução (fase gametofítica e fase esporofítica). Entretanto a fase esporofítica é a fase duradoura.

5) Apresenta PRÓTALO = GAMETÓFITO HERMAFRODITA (ou MONÓICO), avascular (sem tecidos condutores) e que apresenta forma de um coração (prótalo cordiforme). O prótalo das pteridófitas é muito simples não sendo formado de tecidos, logo seu corpo é um TALO
(Talo é uma estrutura vegetativa não diferenciada em raiz, caule ou folha, e sem formação de qualquer tecido).

PROTALO  DAS PTERIDÓFITAS
É o gametófito das pteridófitas 
É um talo (não apresenta tecidos)
Avascular (não apresenta vasos condutores de seiva)
Hermafrodita (ou Monóico), pois apresenta tanto gametângio feminino como masculino)
Efêmero (nas pteridófitas, o gametófito é a fase transitória, enquanto nas briófitas o gametófito é duradouro)
Clorofilado, portanto capaz de realizar fotossíntese
Cordiforme (na forma de coração)

PROTALO DE UMA PTERIDÓFITA

6) Geralmente vivem em ambientes úmidos e sombreados, podendo ser epífitas, aquáticas ou terrestres. 

7) FASE DURADOURA: ESPORÓFITO
FASE EFÊMERA OU PASSAGEIRA: PRÓTALO

8) Apresentam folhas grandes (frondes), divididas em folíolos, as folhas jovens ficam enroladas e são chamados báculos (por isso seu nome de fetos)
(báculo, do latim, baculu: cajado de pastor, é um tipo de cajado usado pelos pastorespara se apoiarem ao andar e para conduzirem o rebanho. Muitas vezes tem a extremidade curva para segurar o animal pela perna ou pela cabeça, é usado por prelados da igreja católica com dignidade de Bispos, Arcebispos, Cardeais e Patriarcas).

9) Apresenta caule do tipo rizoma (caule horizontal subterrâneo que lembra uma raiz) ou caule aéreo.

10) O esporos são produzidos por esporângios que estão agrupados na face inferior dos folíolos em estruturas chamadas SOROS

REPRODUÇÃO NAS PTERIDÓFITAS

Problemas com a adptação terrestre


PROBLEMAS A SEREM ENFRENTADOS 

E ADAPTAÇÕES DOS VEGEGAIS À VIDA TERRESTRE


1) Obtenção de água e prevenção da desidratação
2) Transporte de água e nutrientes do solo para as folhas, tecidos aéreos.
3) Trocas gasosas (por muito tempo exigiu superfícies úmidas)
4) Variação términa diária e sazonal
5) Gravidade 
6) Reprodução: os gametas necessitam de ambiente aquoso para se deslocarem uma vez que são flagelados.
Assim, por milhões de anos as algas permaneceram na água (salgada ou doce) sem ter necessidade de explorarem novos ambientes. Entretanto, por volta de 570 a 440 milhões de anos atrás, as algas empreenderam um caminho em direção à terra firme. Para isso muitas adaptações surgiram e as mais bem adaptadas e melhores sobreviveram e deixaram descendentes. 
Dentre as adaptações que podemos observar nas plantas para enfrentar o meio terrestre estão:

1. Cutícula
cobertura de cera dos talos, folhas e caules que impede ou minimiza a perda de água.

2. Estômatos 
aberturas na superfície corporal por onde se realizam as trocas gasosas, cuja abertura e fechamento podem ser reguladas, evitando assim, a excessiva perda de água pelo vegetal.

3. Tecidos verdadeiros

Tecidos como: 
Meristema apical - responsavel pela produção dos outros tecidos e pelo crescimento 
Esclerênquima - tecido de sustentação 
Parênquima - tecido de preenchimento e armazenamentom, além dos
vasos condutores de seiva (Xilena e Floema)
Xilema - transporte de seiva bruta (água e sais) das raízes onde são absorvidos para as folhas, onde ocorre a fotossíntese; 
Floema - transporte da seiva elaborada (fotossintatos) das folhas para todo o corpo da planta, além de  
Órgãos como: raízes verdadeiras e caules reforçados (com Lignina) e folhas. 

As raízes mantém o vegetal fixo ao solo e absorvem água e sais minerais; os vasos condutores transportam água e nutrientes  minerais para toda planta e os nutrientes orgânicos sintetizados nas partes verdes (fotossintatos) são transportados para todo o corpo da planta. 

Tecidos de sustentação (esclerênquima) resistente para enfrentar a gravidade do planeta e manter o crescimento vertical. As folhas são expansões de tecido parenquimático especializado em realizar fotossíntese, sintetizando todas as substâncias orgânicas de que a planta necessita para sobreviver e se reproduzir.

4. Gametas, Esporos e Sementes 
Como as plantas são fixas ao solo necessitam de uma estratégia de dispersão de seus gametas e zigotos. Essas estruturas (esporos e sementes) são especializadas na dispersão e colonização de novos ambientes. Há também a necessidade de proteção dos gametas (que devem ser mantidos úmidos dentro dos tecidos vegetais).

caracteristicas que briofitas compartilham




 BRIÓFITAS

As briófitas compartilham com todas as plantas verdes as seguintes características:


1) Presença de gametângios masculinos (ANTERÍDIOS) e gametângios femininos(ARQUEGÔNIOS) com uma camada protetora de células estéreis conhecida comoENVOLTÓRIO

2) RETENÇÃO DO ZIGOTO E DO EMBRIÃO MULTICELULAR EM DESENVOLVIMENTO OU DO ESPORÓFITO JOVEM DENTRO DO ARQUEGÔNIO OU GAMETÓFITO FEMININO, O QUE É CHAMADO DE MATROTROFIA.

3) Presença de um esporófito diplóide multicelular que resulta em um aumento do número de meioses e do número de esporos que podem ser produzidos após cada evento de fecundação. Isto é, quanto maior o esporófito maior será o número de esporos que ele produzirá.

4) Os esporângios multicelulares que são constituídos por um envoltório de células estéreis e um tecido interno produtor de esporos (chamado tecido ESPORÓGENO) 

5) MEIÓSPOROS (ESPOROS e GRÃOS DE PÓLEN) com a parede contendoesporopolenina, que resiste à decomposição e a dessecação. (A esporopolenina é também encontrada em paredes celulares das algas verdes, o que aproxima as plantas das talófitas). 

ESPOROPOLENINA É UMA MISTURA DE BIOPOLÍMEROS CONTENDO LONGAS CADEIAS DE ÁCIDOS GRAXOS, ÁCIDO CUMÁRICO, ÁCIDOS MONO E DICARBÔNICOS, FENILPROPANOIDES, FENÓIS E TRAÇOS DE CAROTENÓIDES. ESSES COMPOSTOS TORNAM A PAREDE DO ESPORO RESISTENTE A DEGRADAÇÃO QUÍMICA OU ENZIMÁTICA.


6) "Tecidos" produzidos por um MERISTEMA APICAL


 A MAIORIA DESSAS CARACTERÍSTICAS ESTÃO AUSENTES NAS ALGAS VERDES (CHLOROPHYTAS E CHARÓFITAS; EXCETO O BIOPOLÍMERO ESPOROPOLENINA). O QUE TORNA AS BRIÓFITAS OS ANCESTRAIS MAIS ANTIGOS DE TODAS AS PLANTAS VERDES TERRESTRES, SENDO ELAS MESMAS (AS BRIÓFITAS) DESCENDENTES DAS ALGAS. 

ALÉM DISSO, SÃO PLANTAS PIONEIRAS PODENDO VIVER SOBRE ROCHAS E ESCARPAS ROCHOSAS ACIMA DO LIMITE DA LINHA DAS ÁRVORES EM MONTANHAS MUITO ALTAS, PODEM SUPORTAR LONGOS PERÍODOS DE FRIO INTENSO COMO NO CONTINENTE ANTÁRTICO, ONDE É A UNICA ESPÉCIE DE PLANTA A SOBREVIVER. 

ELAS TAMBEM SÃO IMPORTANTES POR SEREM ARMAZENADORAS DE CARBONO, DESEMPENHANDO ASSIM UM PAPEL I MPORTANTE NO CICLO GLOBAL DO CARBONO. 


TODAVIA AS BRIÓFITAS SÃO MUITO SENSÍVEIS À POLUIÇÃO DO AR, SERVINDO COM BIONDICADORAS DO ESTADO DO AMBIENTE; POIS DESAPARECEM EM ÁREAS MUITO POLUÍDAS (OU APENAS ALGUMAS POUCAS ESPÉCIES DE BRIÓFITAS SOBREVIVEM).

Caracteristicas das plantas


Características das plantas


1) Contém clorofila A e B,
2) Armazenam os produtos da fotossíntese na forma de amido dentro do cloroplasto (onde é produzido),
3) Apresentam embrião pluricelular, (maciço, sem cavidades),
4) APRESENTAM MATROTROFIA - embrião retido e nutrido pelo gametângio feminino (esporófito feminino)
5) Apresentam beta-caroteno e
6) Apresentam parede celular com reforço de celulose. 

Briófitas



BRIÓFITAS:

TRANSIÇÃO ENTRE AS ALGAS 

E AS PLANTAS TERRESTRES VASCULARES

As briófitas e as plantas vasculares compartilham um número de características que as distinguem das algas carófitas. Essas características incluem:

1) PRESENÇA DE GAMETÂNGIOS MASCULINOS E GAMETÂNGIOS FEMININOS, CHAMADOS DE ANTERÍDIOS E ARQUEGÔNIOS, RESPECTIVAMENTE, COM UMA CAMADA DE CÉLULAS ESTÉREIS PROTETORAS CONHECIDA COMO ENVOLTÓRIO;

2) A RETENÇÃO DO ZIGOTO E DO EMBRIÃO MULTICELULAR EM DESENVOLVIMENTO OU DO ESPORÓFITO JOVEM DENTRO DO ARQUEGÔNIO  OU GAMETÓFITO FEMININO: MATROTROFIA;

3) PRESENÇA DE UM ESPORÓFITO DIPLÓIDE MULTICELULAR, QUE RESULTA EM UM AUMENTO DO NÚMERO DE MEIOSES E DO NÚMERO DE ESPOROS QUE PODEM SER PRODUZIDOS APÓS CADA EVENDO DE FECUNDAÇÃO;

4) OS ESPORÂNGIOS MULTICELULARES QUE SÃO CONSTITUIDOS POR UM ENVOLTÓRIO DE CÉLULAS ESTÉREIS E UM TECIDO INTERNO PRODUTOR DE ESPOROS (TECIDO ESPORÓGENO);

5) MEIÓSPOROS COM PAREDE CONTENDO ESPOROPOLENINA, QUE RESISTE A DECOMPOSIÇÃO E À DESSECAÇÃO , E

6) MERISTEMA APICAL QUE PRODUZ OS DEMAIS TECIDOS.

Nas algas carófitas faltam todas essas características compartilhadas pelas briófitas com as plantas vasculares, as quais estão correlacionadas com a forma de vida das plantas no meio ambiente terrestre.
Assim, podemos afirmar que somente as briófitas e as plantas vasculares constituem o reino metáfita.
Fonte:setimocientista.blogspot.com